segunda-feira, novembro 06, 2006

Críticas e comentários do Mestre José Rodrigues e do Arquitecto Armindo Costa ao trabalho do escultor Manuel Cruz Prada
Meu caro Amigo Cruz:

Escrevo, não como critico das tuas “coisas”.
Como sabes, quando a critica não é afectiva, não existe.
Sabes bem, que o artista é por natureza um submisso, não gosta, não quer que ninguém lhe indique o caminho. Por isso é como amigo mais Velho, que te vou escrever duas palavras como me pediste.
O teu trabalho é teu percurso, este longo caminhar muitas vezes nas trevas, muitas vezes cheio de luz, outras cheias de dúvidas.
Os teus primeiros trabalhos tiveram como ponto de partida, o corpo humano.
Foste depurando e simplificando, tirando o supérfluo, aumentaste a escala, introduziste o polimento, para assim poderes ultrapassar a pele do corpo humano.
As tuas aventuras, foram-se transformando em “coisas” orgânicas, sensuais e eróticas. Fizeste bem ter visitado o atelier do mestre Brancusi – agora é contigo – a estrada é imensa …O céu está coroado de estrelas, escolhe um e segue-a.

Porto 4 de Maio de 2005

O teu Amigo
José Rodrigues


Meu amigo Manuel Cruz

O teu exemplo é que eu gostaria de salientar.
O teu desejo de “saber” – não vou falar (escrever sobre as tuas coisas) – o tempo se encarregará de o fazer.
O grande crítico és tu. Deixa-te guiar pela tua “estrela”.
É bom ouvir os “outros”, mas sobretudo está atento á tua obra; ela tem as perguntas e as respostas ás tuas duvidas.
Quando as tiveres, a porta do meu atelier estará sempre aberta para ti.

Teu amigo
José Rodrigues
Meu caro Manuel Cruz

Felicito-o por ter fertilizado o seu “Dom” natural para a Arte, com muito amor, trabalho, persistência e humildade.
Os progressos alcançados são dignos de serem apreciados e usufruídos por todos.
Da minha apreciação resultou um prazer acrescido, advindo de estas obras de Arte serem de autoria de um Jovem Famalicense.
Sou possuidor de obras suas, como bem sabe e um grande admirador do seu trabalho pelo que aqui expresso a minha grande admiração.
Parabéns e um abraço. Continue

Armindo Costa