sábado, julho 28, 2007

O caos e o outro lado das coisas
A exposição "O caos e o outro lado das coisas" de Manuel Cruz Prada foi inaugurada em 25 de Julho no Museu da Pedra em Cantanhede pelo Presidente da Câmara deste Município.
As 22 peças escultóricas que compõem esta magnífica exposição foram minuciosamente admiradas e muito elogiadas por todos os presentes.

Com peças escultóricas desde os 12 cm aos 4 metros e 60 cm e com pesos desde pouco mais de 1 Kg aos 600 Kg, com esculturas diversas utilizando materiais como granito, mármore, aço inox, aço corten, aço carbono e bronze, o escultor Manuel Cruz Prada apresentou no Museu da Pedra em Cantanhede 22 esculturas muito recentes, sendo dezoito esculturas de 2007, três de 2005 e uma de 1998.

Para além do importante acervo representativo de actividades e de elementos patrimoniais relacionados com a sua temática, o Museu da Pedra tem nas suas orientações culturais e pedagógicas uma valência centrada na sensibilização de diferentes públicos relativamente à produção escultórica contemporânea.
É nesseâmbito que se insere O Caos e o Outro Lado das Coisas, exposição de Manuel Cruz Prada, prestigiado escultor com 25 anos de carreira e também reconhecido como dinamizador de acções de divulgação e valorização desta forma superior de manifestação artística, através da Associação de Escultura e Arte Contemporânea, entidade de que foi sócio-fundador e a cuja direcção preside actualmente.
O Caos e o Outro Lado das Coisas evidencia a originalidade criativa do artista plástico para executar obras a partir de materiais tão distintos como o bronze, o granito, o aço carbono e o mármore, em composições de síntese ou de ruptura entre os elementos que as constituem. Estaversatilidade não retira unidade formal e estética à exposição, antes parece apontar para uma abordagem experimentalista na concepção e elaboração de esculturas que produzem grande impacto visual.
Manuel Cruz Prada traz a Cantanhede algumas peças de grande volumetria, imponentes e poderosas, explorando, de modo particularmente bem conseguido, o jogo entre formas geométricas variadas, em contra ponto com as Ladies, variações de recorte mais figurativo sobre o corpo feminino, elemento recorrente na obra do escultor.

O Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede

( João Pais de Moura )

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Esta exposição estará patente no Museu da Pedra até ao próximo dia 8 de Setembro.

Uma exposição a visitar!

Museu da Pedra
Largo Cândido dos Reis, n.º 4
3060-174 Cantanhede
Tel.: 231 423 730
Fax.: 231 423 732

segunda-feira, julho 23, 2007

MANUEL CRUZ PRADA:
Linguagens da natureza matérica, das tecnologias industriais e do artefacto humano

O contributo inovador mais decisivo para a revolução formal e conceptual da “escultura em português”, não pode deixar de atribuir-se à influência marcante de alguns autores, no último quartel do séc. XX, de entre os quais se destacam, a título exemplar, M. Ferreira da Silva, Fernando Conduto, Hélder Baptista, Charters d’Almeida, Dorita Castel-Branco, Figueiredo Sobral, Zulmiro de Carvalho, Virgílio Domingues, Jorge Vieira, João Cutileiro, José Rodrigues e Francisco Simões…

De uma mais recente plêiade de criadores, surgida nas décadas de oitenta e noventa, novos valores viriam a salientar-se, quer assumindo novas atitudes conceptuais e diferentes posturas, em relação a algum revivalismo emergente, ainda, das morfologias alegóricas tradicionais, quer postulando acepções estéticas portadoras de significância sociocultural diversa, ou explorando atributos recônditos da linguagem dos materiais primários, tratasse-se de pedras-rocha e madeiras, de metais ou produtos industriais, reabilitados para a expressividade plástica, táctil e volumétrica, apoiada em avanços tecnológicos da actualidade contemporânea.

Manuel Cruz Prada – que, em 1988, ensaia a cerâmica e faz a sua primeira aparição no IPJ, em Braga – tende a aproximar-se, a pulso, da notabilidade alcançada por escultores investigacionais de dimensão monumental, mensageiros de “novas formas da fala humana”, como Manuel Patinha, Paulo Neves, Abílio Febra, J.A. Nobre, Xico Lucena, e, entre outros, de gerações igualmente próximas, como Carlos Botelho, Isaque, Rogério Timóteo, António Canau (Espadinha) já firmados, porventura, em percurso e obra, mais sólida e matura.

Discípulo de José Rodrigues , ele beneficia de um raro privilégio, a “porta, sempre aberta, do atelier” do Mestre, tendo sabido conquistar a sua atenção e um afecto lateral ao domínio do pensamento crítico: […] “As tuas aventuras, foram-se transformando em “coisas” orgânicas, sensuais e eróticas. Fizeste bem em ter visitado o atelier do mestre Brancusi – agora é contigo! – a estrada é imensa …O céu está coroado de estrelas, escolhe uma e segue-a” .

Deve salientar-se a dignidade da sua presença no Museu da Pedra de Cantanhede, onde exibe peças de desenvolvimento temático, de admirável carga simbológica e técnica experimental apuradíssima, em que o desenho estrutural e a dinâmica espacial interagem, exprimindo-se, com hierática eloquência, nas linguagens da natureza matérica, das tecnologias industriais e do artefacto humano: o Aço Inox, o bronze e o mármore.

Posto que a valia do seu trabalho merecesse, ainda e, mesmo aqui, um mais amplo e detalhado estudo analítico, saliento esta inspirada recensão, a respeito da sua obra: […] “la contundencia de quien logra expresarse tras una búsqueda seria y profunda, con un dominio técnico que no es sino el imprescindible soporte material de una magnifica concepción” .

Coopto este esperançoso e lapidar augúrio, recente, ainda, decalcado de José Rodrigues, seu mestre e amigo, também, como fecho desta breve apresentação de Manuel Cruz Prada, com certo sabor premonitório: “o tempo se encarregará de falar/escrever sobre as tuas coisas”!






José-Luis Ferreira
Caramulo
2007-07-05

[1] nasc. Luanda, 1936, Escultor pela (ESBAP), onde foi professor, até 1998. É um dos fundadores da Cooperativa Árvore, ligado à organização das bienais de Vila Nova de Cerveira e referência nacional na arte da escultura.
[2] Brancusi, Constantin (1876-1957) The Essence of Things Tate Modern – London, 2004, citado por José Rodrigues, em carta de 2005.
[3] extracto de um texto original de Elena Kravetz, Córdoba, Argentina, 2005.

sábado, julho 21, 2007

O caos e o outro lado das coisas
Manuel Cruz Prada expõe “O caos e o outro lado das coisas” no Museu da Pedra em Cantanhede de 25 de Julho a 8 de Setembro.
Trata-se de uma imponente exposição com 22 peças escultóricas de pequenas, médias e grandes dimensões (com peças até aos 600 Kg e com até cerca de 5 metros de altura) utilizando materiais como granito, mármore, aço inox, aço corten, entre outros.
A maior parte das peças expostas é muito recente (ano 2007), tendo contudo expostas algumas peças de colecção de anos anteriores desde 1998.

A cerimónia de inauguração desta exposição decorrerá no próximo dia 25 de Julho pelas 19:30h no Museu da Pedra.

Museu da Pedra
Largo Cândido dos Reis, n.º 4
3060-174 Cantanhede
Tel.: 231 423 730
Fax.: 231 423 732


Convite do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede para a sessão de inauguração da exposição de escultura “O caos e o outro lado das coisas” de Manuel Cruz Prada:

terça-feira, julho 17, 2007

Manuel Cruz Prada apresenta novas colecções na Arte G
As mais recentes criações do escultor Manuel Cruz Prada foram apresentadas em Viseu na Galeria Arte G. Tratam-se de peças de duas novas colecções “O Feminino” e “Subtilidade”. Tratam-se de esculturas sem título (deixando à imaginação do apreciador interpretá-las e dar-lhe o seu título) em aço inox e granito.
Esculturas “O Feminino




Esculturas “Subtilidade